Eu estava na fila do bandejão e ouvi um aluno contando a seguinte vantagem: “Cheguei na estação Corinthians-Itaquera o o ônibus fretado encostado e a fila enorme, corri, cortei a fila e entrei, na maior cara dura, eu tava cansado. Cheguei atrasado e vim sentado…” Na sua platéia todos riram.
Muitas vezes ouço, estes mesmos alunos, dentre outros, fazerem queixas sobre a falta de estrutura física adequada no campus universitário, sobre a falta de qualidade da comida no bandejão...
Ouço gritos indignados contra a direção, a reitoria, etc.
Vejo cartazes pela universidade reivindicando direito à liberdade de expressão, palavras de ordem contra a ditadura, etc..
Não ouço queixas sobre a falta de bom senso dos alunos; reclamações sobre a falta de ética nas relações entre pares estudantes, nem gritos contra o “grupinho” (bem extenso, por sinal) que diariamente corta a fila do ônibus.
Não vejo cartazes assumindo deveres de se limitarem, respeitarem o próximo, etc..
Pensei comigo: Será que nas teorias críticas não tem um só parágrafo sobre auto-crítica?
Lembrei-me da minha avó analfabeta, que não escolarizou nenhum dos filhos. Dizia ela: “O macaco enrola o rabo, senta em cima e fica apontando o rabo dos outros.”, e nós é que somos universitários!
terça-feira, 7 de junho de 2011
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